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Israel e Síria estavam em guerra, .
Eram dias maus.
O exército Sírio vence o exército do senhor dos exércitos.
Israel é despojado. Entre os capturados uma menina,
Cândida, doce, pura, inocente, mas era ainda menina, só uma menina.
Tinha entre 12 e 14 anos,
Tinha sonhos, amigas com quem brincava, cantava, dançava, vivia.
Tinha pai e mãe, talvez irmãos.
Ela era filha de uma família, que a amava e protegia,
Mas contra um exército o que pode um pai e uma mãe,
Senão chorar se enlutar, e confiar que Deus é Deus não só em Israel, mas em toda a terra.
Ela tinha uma história
Mas foi ceifada de tudo, por uma guerra que não era dela.
Naamã, general comandante do exército sírio,
É atraído pela inocência da menina.
Ele era “homem valoroso” diz o texto “porém leproso”.
A lepra era a pior doença da antiguidade,
Era um mal sem cura.
Em todas as culturas antigas era vista como uma maldição.
O general era valente, porém leproso.
Forte, todavia amaldiçoado.
Comandava um exército invencível, mas era de continuo derrotado pela enfermidade.
Era rico, mas nem todo o ouro do mundo não poderia comprar-lhe saúde.
Sua esposa tinha que ser amada a distancia.
Filhos, não podia te-los.
Daí a idéia de presentear a esposa com a menina.
Mas na graça de Deus o presente seria para ele
A menina e o general,
O general e a menina.
Duas histórias, duas vidas, dois extremos que se encontram
E que geram um espetáculo de cura e graça.
“há Deus em Israel, e há profeta em Samaria”,
É o que a menina pensa consigo...
“se quando o profeta ora o morto vive, o que dizer do general.
A lepra é “fichinha.”
O papéis se invertem,
A menina não é mais escrava do general,
Agora é o general que é escravo da bondade dela
Mas ele não sabe, então falar pra que?
O que ela ganharia com isso?
Ele acabou com a vida dela, a matou antes que morresse.
É natural que ela deseje vingança,
Por causa dele ela não vai realizar seus sonhos,
Não verá mais os pais, não terá mais amigas, casamento; com ela nunca acontecerá. Na melhor das hipóteses será uma prostituta cultual, em terra estranha.
Mas essa menina não era como nós. E nem como o general.
Ela é mais forte que ele, mais forte que nós.
Por isso se recusa a odiar, a matar ou deixar morrer.
Porque discerne que cura pra ele, é também cura pra ela.
Então ela faz o que ninguém faria, ama aquele que ninguém amaria.
E assim ela vive a antecipação do evangelho.
Ela não teve conhecimento histórico da “boa nova”.
Mas redime seu pior inimigo.
“ame teus inimigos, e ore por quem te persegue” diria Jesus.
Ela nunca ouviu isso, mas viveu o que nós ouvimos e não vivemos.
De modo que ela se torna uma encarnação da graça.
E isso em meio à lei, lei que não foi capaz de protegê-la, ou resgatá-la.
Mas ela se torna o resgate daquele que a levou.
Ela prega, anuncia,
Esbofeteada; deu a outra face:
“o profeta em Samaria ele o restauraria da lepra.” essa é a pregação. É evangelho, é graça pura.
E assim,
O maior milagre não foi a cura da lepra, mas a cura do ódio,
E o milagre da graça que ela encarnou
Essa menina prega ainda hoje; quando todos querem ser como o general,
A graça nos diz; para sermos apenas como a menina.
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